quarta-feira, 26 de março de 2014

A “Guerrilha dos dentes de ouro", primeira resistência armada à ditadura


O site Documentos Revelados apresenta uma série de informações, acervos documentais, livros, imagens e vídeo sobre a ditadura militar no Brasil. Vale a pena ser conferido. Reproduzo abaixo um texto de Aluizio Palmar, sobre a Guerrilha de Três Passos.

Pouca conhecida e estudada, a Guerrilha de Três Passos, recupera a dimensão de um espaço de tempo de consolidação da ditadura. Eram 22 jovens, alguns comunistas, outros nacionalistas dos Grupos dos Onze, quase todos camponeses.

Eles foram capturados nos dias 27 e 28 de março de 1965. Alguns na proximidades de Capitão Leônidas Marques e outros nas proximidades de Santa Lucia, localidades do Estado do Paraná. Antes de serem presos tomaram um caminhão, do destacamento da Brigada Militar na cidade de Três Passos, ocuparam uma rádio e leram uma proclamação conclamando o povo a aderir a luta contra a ditadura.

Avançaram em direção ao Paraná, cruzando o Oeste de Santa Catarina, tomando destacamentos militares, recolhendo armamento e fazendo proclamas. Pagavam o abastecimento com um bônus e diziam aos comerciantes que seriam reembolsados após a deposição do governo militar.

Entre as cidades de Capitão Leônidas Marques e a vila de Santa Lucia, foram capturados após um confronto com forças do Exércido, quando um sargento morreu baleado pelas seus colegas de farda.

Após a prisão os guerrilheiros foram levados para o Batalhão de Fronteiras, em Foz do Iguaçu e ali torturados. Os algozes do chefe do grupo, coronel cassado Jefferson Cardin Osório, foi o coronel Curvo, Capitão Rui Vieira do Rego Monteiro, o Major Ari Ronconi e o Capitão Índio do Brasil.  Jefferson foi amarrado junto as grades, com os pés e mãos  e permaneceu suspenso do dia 27 para o dia 28.

Clique aqui e confira em PDF texto que faz parte do livro ”Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?” e mais a dissertação para o curso de Direito da UFSC, de autoria de Daniela Mesquita Leutchuk de Cademartori. Além de 69 imagens do acervo de Valdetar Dornelles, sobrevivente da guerrilha e um dos lideres do movimento.

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